No último
domingo, 09/12 a Ombudsman da Folha, Suzana Singer, publicou um texto sobre a repercussão de uma fotografia em que um homem foi clicado momentos antes de morrer atropelado por metrô em Nova York.
A imagem
foi capa do “New York Post”, que no dia seguinte rendeu uma grande discussão. Por
que o fotógrafo não ajudou a vítima? Uma imagem tão chocante como essa poderia
ser publicada?
Acredito
que crucificar o fotógrafo por não ter ajudado é um absurdo, pois é claro o risco dele se acidentar ou até morrer junto com o homem ao tentar puxá-lo. E, quanto
à publicação da imagem, aí já tenho minhas dúvidas...
No dia
20/08/2012 publiquei neste blog um texto com uma abordagem parecida, em que
citei os fotógrafos Nick Ut e Kevin Carter. Esse último também consta no texto
da Ombudsman. Confira aqui!
Abaixo um interessante trecho do texto publicado na Folha:
“Como regra geral, repórteres e fotógrafos não devem intervir nos acontecimentos. O papel deles é registrar os fatos, o que não é pouco, principalmente em situações extremas como guerras e epidemias. Mas existe, é claro, a linha da solidariedade humana, o momento quando se age por instinto para tentar salvar quem está ali”.
Ou seja,
não podemos julgar um repórter ou fotógrafo por não ter ajudado/interferido na situação, afinal cada um tem o seu papel na sociedade e neste caso, a profissão exige que o
jornalista/fotógrafo não “interfira na realidade”,mas é impossível prever a atitude de um ser humano...
E você, o
que faria?
