segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A região serrana do Rio e as chuvas de Janeiro




A região serrana ainda sofre com as enchentes que destruiram boa parte do local no inicio da ano
Por Alan Bezerra, Daniel Laviano, Mateus Graner e Pedro Marques

Rio embaixo d’água

As enchentes que deixaram a região serrana coberta de água durante o verão brasileiro espantaram os cidadãos atingidos e também autoridades de outros países. Os mais de 900 mortos das 15 cidades atingidas ainda estão sem reação, pois a chuva lhes tirou tudo, de móveis a membros da família. Ainda contabilizando a tragédia, os desabrigados são mais de 8750 e os desalojados ultrapassam o número de 20780 pessoas. Números tão chocantes chamaram a atenção, por exemplo, do governo chinês, que chegou a doar 167 mil reais para as vítimas, sendo que o próprio embaixador chinês Qiu Xiaoqi foi pessoalmente à Cruz Vermelha do Brasil para entregar o dinheiro. Além da China, mais 14 países se comoveram diante da situação e disponibilizaram donativos para a recuperação da região serrana.
Petrópolis, a cidade mais atingida, fica a 68 km da capital, Rio de Janeiro, ocupa uma área de 774,606 km², e possui 296.044 habitantes (2010), segundo dados do IBGE. Sua arquitetura chamava a atenção dos turistas, por descender do período imperial (não à toa, é chamada de Cidade Imperial). Além disso, as abundantes vegetações saltavam os olhos e contribuíram bastante para a geração de renda da região, assim como a produção agropecuária (principalmente a fruticultura) e industrial. Tudo se iniciou quando as enchentes atingiram a Estrada Ministro Salgado Filho, que liga o Vale do Cuiabá com o distrito de Itaipava, em Petrópolis. O estado de calamidade que se instalou, não foi apenas no sentido humano, de vítimas, o estrago econômico foi e está sendo grande, e o cenário, pintado de vermelho.
O mais lamentável dessa tragédia, é que as autoridades já previam um desastre. No Fórum Itaipava 2015, um estudo maior sobre a área acerca dos rios da região e o risco da mesma. Em entrevista ao site Em defesa de Petrópolis, o engenheiro José Luiz Leite, membro da Serla (Fundação Estadua de Rios e Lagos) revela: “Tinha uma casa de materiais de construção que estava sendo construída na margem de proteção do rio, a uns 100 metros depois da foz, que com certeza fez alterações na encosta do rio. Nós ficamos apavorados com o tamanho do aterro. E fora outras casas, porque na época não vimos toda a extensão.”. Ainda segundo o site: “Questionada sobre a eficácia do trabalho de prevenção de desastres, a Serla informou que todos conhecem o risco daquela região, devido à topografia que apresenta, e disse que o problema da ocupação, somado ao desmatamento, é de responsabilidade dos três governos: federal, estadual e municipal. A empresa comunicou ainda que tem feito fiscalizações em todo o estado e tem coibido, quando possível, a ocupação das margens protegidas dos rios.” O site é mantido pela população de Petrópolis.
No âmbito internacional, a União Europeia doou cerca de 450 mil reais durante seis meses, para ajudar as pessoas dos diversos municípios atingidos. Além do dinheiro, kits de higiene (contendo sabão, absorventes, escovas e pastas de dente, lençóis, mochilas e artigos escolares para as crianças) estão sendo doados, nessa medida classificada como imediata e de emergência, segundo as autoridades. O espantoso, porém, é que tantas doações foram feitas, que a Cruz Vermelha no Rio, está sofrendo um colapso, com direito a caos e desorganização fora do comum, não tendo mais espaço para acomodar os kits. É surpreendente que um estado como o Rio de Janeiro não tenha o mínimo de organização e preparo para tragédias como essa, que não consiga abrigar todos os donativos, que são de extrema urgência.
Muito se sabe sobre a parte famosa do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, o Leblon, Copacabana, e marcos de uma sociedade minoritária no país. Porém, as enchentes forçaram o país a mostrar o outro lado desse estado, que já chegou a ser capital do Brasil. Essa parte menos favorecida é a maioria do RJ, e, infelizmente, precisou de uma tragédia desse porte para o mundo prestar um pouco mais de atenção para a situação desse povo, já freqüentemente oprimido nas questões sociais, que agora foi assolado pela tragédia das enchentes. Às vésperas de uma Copa do Mundo no Brasil, os problemas de moradia são finalmente evidenciados, e mais uma vez, o despreparo se mostra grande para um país sede de um evento tão complexo.
Outro revés que as enchentes causaram foi com relação às pontes e rodovias cariocas, que precisarão passar por obras por conta da tragédia. Segundo o site ”Folha.com” o governo carioca apontou 185 pontes e 5 rodovias que precisarão passar por reformas. Segundo o Estado, 395 milhões de reais serão gastos para tal. Valor bem superior à verba que as escolas da região serrana do RJ tem para suas obras, que é de 74 milhões de reais, segundo publicado no ‘Diário Oficial da União’. Ações como a reconstrução das escolas, bem como reformas estruturais estão em pauta.
No dia 12 de Março, houve manifestações das vítimas, que vieram de Teresópolis até a Zona Sul do Rio de Janeiro. Os manifestantes lembraram a tragédia e disseram que durante esses quatro meses, pouco foi feito para ajudar as vítimas e reconstruir a cidade. Duas mil cruzes foram pregadas na praia de Copacabana para homenagear as vítimas das enchentes. Esse número de cruzes é muito superior às 900 mortes que o governo carioca contabilizou e divulgou oficialmente, ou seja, a população ainda contesta veementemente tal número.
Segundo as autoridades, os desaparecidos seriam quase 300, e nem esses números somados, dariam os 2 mil mortos que o povo acredita que sejam. Os moradores clamam por mais rapidez nesse processo de reconstrução das casas atingidas, pois ainda não tem nem onde dormir. Os abrigos também se mostram ineficazes, pois não são suficientes para abrigar o grande número de desabrigados da tragédia. Há de se pensar que o governo está mais preocupado com eventos como o Rock in Rio e a Copa do Mundo, que cedem pouco dinheiro para as áreas menos privilegiadas, e que tem menos voz na sociedade. As prioridades certamente estão invertidas.

Famílias de Petrópolis


A vida na em Petrópolis não é mais a mesma. Olhares tristes e predominam nas ruas. A desigualdade social mostra um contraste no modo de vida das pessoas.
Ao descer a estrada atingida pelo desastre encontramos diversos situações diferentes, como casais de idosos, mães com seus filhos e homens reformando suas casas.
Olhando pela pequena sacada do segundo andar da casa, o casal de idosos ainda não consegue acreditar como sofreram naquela noite de janeiro. Quase incapacitados de acreditar que à alegria das festas de ano novo que acabara de acontecer, logo foi cessada pela a enxurrada devastadora, causada pelas chuvas do dia 11 e 12, que atingiu a cidade de Petrópolis e toda a região serrana do Rio de Janeiro.
A senhora, Gilda Mesquita, fala com um reflexo de desespero em seus olhos “Era quase meia noite quando a água começou a subir rapidamente, quando nos demos conta só teve tempo de chamar nosso filho e nos restou subir no telhado, através do banheiro que tinha uma pequena abertura para o forro, foi tudo muito rápido”
Essa foi à grande dificuldade das várias pessoas que ali viviam, pois devido ao horário em que ocorreu o fato, diversas famílias se encontraram em situação de extrema impotência e acabaram perdendo tudo e muitos foram levados junto com a água. Dona Gilda, conta que sua cunhada e vizinha, proprietária de um restaurante em frente sua casa, foi levada junto com os escombros da construção “Ela foi junto com o resto da propriedade e já faz quatro meses que ela está desaparecida, e o que mais nos dói é seu filho havia nascido dois meses antes. Era algo que ela comemorava a todo momento” diz a senhora. “Felizmente meu filho estava em casa com o bebe e os dois sobreviveram”, comenta emocionada.
A rotina do casal hoje esta sendo de morar, de favor, em um local mais alto e durante o dia trabalhar para reconstruir sua casa. Seu marido o missionário da igreja metodista o senhor Felipe Mesquita, perguntado sobre a ajuda que eles vem recebendo do governo “Meu filho, nem um tijolo sequer eles deram, única coisa que nos fornecem é água e uma cesta básica que chega, mais as recentes entregas não tem sido muito satisfatórias, tem faltado alguns suprimentos” comenta. “a ajuda que recebemos não é da prefeitura e sim doações de outras pessoas”, acrescenta ele.
Esta realidade também é vivenciada por outros moradores, como o senhor Sérgio Raposo. Com princípios de lágrimas, falou como foi aquela noite em que teve que ficar olhando para o rio e se teria que tomar alguma atitude caso a água subisse acima da média “Foi a primeira vez que vi algo assim, minha mãe que mora aqui a mais de 50 anos, nunca viu algo desta natureza ocorrer” Com tristeza e insatisfação em sua face, contou como está sendo o apoio do governo “O seguro que prometeram não está sendo distribuído corretamente, ajuda para reconstruir não estamos tendo, o que já reformei estou tirando o meu bolso, hoje trabalho para me sustentar e aos finais de semana para reconstruir minha casa” .
Felizmente existem pessoas que do seu próprio bolso investem na reconstrução de escolas e institutos, como o Centro educacional Santa Teresinha. Ver as crianças brincando, enche os olhos de lágrimas de Cleonilde Fernandes. “Dia 8 de fevereiro, estávamos iniciando o ano letivo, mas isso tudo por conta da ajuda da população que trabalhou muito para reconstruir o terreno”. “Sinto felicidade por ter contribuído, pois eu também sou moradora daqui, eu sofri com tudo o que aconteceu no dia, andando aqui pela rua, que a gente não sabia onde era estrada, onde era rio, era entulho, era tudo destruído mesmo, e assim, eu fiquei meio que desnorteada, vendo o sofrimento do meu povo, falecimento de alguns alunos, todas as outras pessoas que faleceram, conhecidos meus, desde criança, então foi uma desolação muito grande, e agora, estou feliz, pela reconstrução e todo trabalho realizado”, comenta.
Isabel Gouveia, moradora há 20 anos, comenta que sua maior angustia no dia era a de salvar a vida de seus filhos. “Foi muito triste, porque eu fiquei pensando mais neles, ainda mais que o mais velho tem problemas de visão”, diz ela. A família de Isabel se salvou, mas agora sofre com a casa completamente destruída e a doença de seu marido, que está com pneumonia.

Bate papo com Paulo Giannini, geólogo do Instituto de Geociências da USP


1. O Brasil possui uma imensa quantidade de pessoas residindo em áreas de risco, principalmente no perímetro urbano das grandes metrópoles.
É possível deixar essas pessoas morando nesses locais (fazendo as adaptações e melhorias necessárias), ou o melhor a se fazer é retirar os moradores e isolar essas regiões?

R1: Isso depende de uma avaliação caso a caso, o mais cuidadosa possível, do tipo de risco e de sua gravidade. Por exemplo, se a moradia está situada numa encosta íngreme, sujeita a ocorrência de fluxos de massa, ou no pé desta encosta, o ideal é retirar seus moradores de lá, onde, aliás, a moradia nem sequer deveria ter sido construída. Em contraposição, imaginemos um segundo exemplo em que a moradia se situa numa planície, a dezenas de quilômetros da mesma encosta, e onde o máximo risco que se corra seja o de assoreamento por lâmina delgada de sedimentos trazidos por eventuais fluxos de massa a montante. Neste caso, é possível conceber adaptações na construção da casa e no seu entorno, como condutos de drenagem, lagos receptores e muros de arrimo, de modo a protegê-la dos efeitos diretos do assoreamento e das inundações. Também, de nada adianta construir a casa na planície, suficientemente longe das encostas, se ela estiver na zona de influência das enchentes fluviais. Na cidade de São Paulo, as marginais Tietê e Pinheiros são um exemplo claro deste tipo de erro crasso de planejamento. Em suma, as áreas de intensa dinâmica sedimentar, como encostas íngremes, praias e dunas e planícies de inundação fluvial devem ser respeitadas ao máximo. O ideal seria jamais serem ocupadas.

2. É possível identificar, pela qualidade do solo, locais onde o risco de desmoronamento é maior, antes mesmo das construções serem realizadas? Algum órgão acadêmico ou governamental faz isso no Brasil?

R2: Sim, é possível. Variáveis a serem devidamente caracterizadas neste estudo são o declive do terreno, a espessura do solo, a sua constituição (quanto a tamanho de grão e minerais formadores) e a existência ou não de superfícies de descontinuidade física no subsolo, sejam elas naturais (o próprio contato entre o solo e a rocha sã, por exemplo) ou artificiais (como depósitos de lixo encobertos ou a base de um aterro). Mas há outros fatores agravantes de risco a serem considerados: a retirada da cobertura vegetal original, a construção de obras de engenharia no topo da encosta (as quais aumentam a componente tangencial da força peso atuante no solo) e a impermeabilização do terreno ou o desvio das águas pluviais feitos sem planejamento. Até mesmo a trepidação por veículos pesados no alto do morro pode ser um fator de elevação de risco. Geralmente, os desmoronamentos não possuem uma causa específica, mas resultam da caprichosa combinação de fatores meteorológicos com algumas destas variáveis geológicas e antrópicas mencionadas. Por isso, o estudo integrado de todas estas variáveis é importante.
No Brasil, há muitos órgãos capacitados para fazer este tipo de estudo, como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, e algumas universidades de diferentes regiões do país. Além disso, várias prefeituras de grandes cidades, como as de São Paulo e Santos, por exemplo, possuem equipes de geólogos voltadas sobretudo para a prevenção dos efeitos de deslizamentos, escorregamentos, corridas de lama e enchentes. Em todos os casos, porém, falta um maior incentivo por parte dos governos municipais, estaduais e federal, para que estes geólogos tenham realmente condições técnicas de executar seu trabalho e de terem suas recomendações efetivamente ouvidas e implementadas.

3. Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre a formação geológica do Rio de Janeiro e principalmente da Região Serrana, onde ocorreram deslizamentos ocasionando graves acidentes?

R3: As serras do Mar e da Mantiqueira são sustentadas por rochas ígneas (granitos) e metamórficas (gnaisses) muito antigas (mais de 550 milhões de anos). Enquanto acidentes de relevo, porém, elas são relativamente jovens. Acredita-se que tenham começado a se formar no tempo dos dinossauros (cerca de 70 milhões de anos atrás) e, de certo modo, continuam a soerguer-se e amoldar-se até hoje. É por isto que se caracterizam por escarpas íngremes, frequentemente com declive acima de 45 graus. Nestas condições, a forte ação da gravidade faz com que a erosão seja maior que a sedimentação e que o intemperismo responsável pela formação de solos. Assim, estes solos resultam delgados (quase sempre com menos de 1m de espessura), com contato mais ou menos brusco com a rocha sã e sujeitos a constante remobilização por gravidade, incluindo deslizamentos. Na presença de muita água, os deslizamentos evoluem para corridas de lama. Como a lama é viscosa, ela tem competência de transporte muito maior que a água, conseguindo carrear, por dezenas ou centenas de metros, blocos de rocha métricos, troncos de árvore, automóveis, pilares de casas. Por outro lado, a lama viscosa não tem a mesma facilidade que a água de um rio para escavar o sub-solo. Assim, se houver florestas densas no seu caminho, estas serão um importante elemento de frenagem natural dos sedimentos; daí a importância de evitar-se a retirada de cobertura vegetal nas encostas íngremes. Quando, além de retirada esta cobertura, a encosta é intensamente ocupada, sem planejamento, o risco que se corre é o de desastres como os que vimos recentemente na zona serrana do Rio de Janeiro.

4. O geólogo tem que estar presente no projeto para aprovação de construções nestes locais, ou o empreendimento é conduzido apenas por engenheiros ?

R4: Há a realidade e o ideal. Na prática, o geólogo quase nunca é chamado, até porque a legislação não exige. Idealmente, deveria ser. Há relatos, por exemplo, de piscinões, que teoricamente deveriam reduzir o impacto das enchentes em áreas urbanas, mas que, em alguns casos, apenas agravam a situação. Foram construídos somente do ponto de vista da engenharia, sem levar em consideração variáveis geológicas.

Entrevista com Paulo César Fonseca Giannini
Professor Associado
Responsável pelo Laboratório de Sedimentologia do Instituto de Geociências da USP

terça-feira, 1 de março de 2011

Um lance de segunda

Depois de um longo período, resolvi reativar ou reavivar (dependendo do ponto de vista) o meu blog. Durante esse tempo, voltei para a faculdade de jornalismo e estou fazendo assessoria de imprensa para a Cinemateca Brasileira.
O foco do meu blog não vai ser contar histórias da minha vida e sim matérias jornalísticas ou cronicas que vou escrever.
A primeira delas, é uma cronica sobre a rivalidade em um time de volêi. Isto nunca ocorreu, mas vale a pergunta, quem seria eu?


Um lance de segunda

Alguns ano atrás, quando jogava vôlei na escola, ou melhor, pensava que seria a maior revelação da modalidade e criticava todos os que não eram capazes de jogar comigo, na verdade até hoje penso isso, apesar de ter fracassado no esporte e ter adentrado ao mundo da lógica e dos cálculos, onde estou até hoje.

Toda essa introdução, foi para falar das pessoas que não eram capazes de jogar comigo, principalmente de um tal levantador. Um menino, atualmente com 22 anos, que na verdade eu não gostava e com uma relação reciproca, ele sentia o mesmo por mim. Com muita habilidade, seus levantamentos eram perfeitos, colocava a bola onde queria, menos na minha mão, talvez porque eu sempre o criticava e xingava, além de dificultar todas as bolas para ele.

Mesmo com toda nossa intriga, nosso time chegou a final do campeonato interno do colégio. Enfrentaríamos uma equipe, digamos que fraca, mas era a “zebra” do campeonato. Os outros jogadores do time morriam de medo de perdermos o jogo devido a minha intriga e eu também. Pensei em fazer um acordo com o levantador, mas não fiz. Era muita orgulhoso para expor meus problemas, ainda mais para um “inimigo”.

O começo do jogo foi fácil, vencemos o primeiro set. Quando pesei, agora é hora de sacanear com ele e sair como o herói do jogo. Xinguei, passei as bolas mais difíceis para ele. Deu certo, ele perdeu a confiança e cometeu erros absurdos. Me senti o máximo, mas por causa disso o outro time passou a gente. Do paraíso fui ao inferno. Ponto a ponto o final do jogo estava disputado. A escola inteira torcia pelo rival. Toda a tensão podia ser sentida a quilômetros de distância.

Nos momentos finais, salvei uma bola quase no chão e viramos o jogo. Se fizéssemos o próximo ponto, iriamos vencer. Passei a jogar como nunca e pensei que ser considerado o herói do jogo seria coisa de segundos. Defendi a bola com um passe perfeito para o levantador, era só ele levantar para mim que cravaria a bola no chão e, então, sairia como o melhor em quadra. Respirei fundo, pulei para corte, meus pensamentos estavam a milhão. Quando fui cortar, Em uma fração de segundos, a bola já estava no chão. Gritos, abraços. Tínhamos vencido o jogo. Num lance de segunda, o levantador foi o herói do jogo.