
Cá estou eu, num albergue em Londres, esperando o tempo passar para ir ao aeroporto. Pois é, aqueles 12 meses que no começo pareciam que seriam uma eternidade.
Antes de escrever sobre as minhas conclusões, vou falar um pouco mais do último mês.
Posso dizer que fui um pouco mais baladeiro do que o normal, afinal tinha que aproveitar ao máximo. Minha média de balada por mês sempre foi de 1 vez, ou nem isso. Só nesse mês fui 3 vezes. (Como se isso fosse muito).
Aproveitei meus últimos dias de folga indo pra praia, como Portsmouth e Bournemouth. Aquela com branca do meu corpo desapareceu agora... ainda bem.
O dia da despedida dos estudantes foi bem legal, ainda mais na hora de falar tchau para o Toby e o Joshua. Principalmente com os pais do Joshua que choraram e agradeceram bastante. Falaram que eu fui um dos melhores co-workes que o joshua já teve e me convidaram para ir pra casa deles quando eu voltar. (só Deus sabe quando isso pode acontecer)
Nesse mesmo dia, cada casa fez uma apresentação de “sketch”. Foi bem engraçado. Principalmente quando copiavam as pessoas. Depois disso teve a minha estréia musical na Inglaterra. A minha banda, chamada Feirefis tocou num galpão de metal que tem lá. Bem velho por sinal. O show não foi dos melhores, alguns erros e pedidos para abaixar o volume fizeram parte dele, mas foi um dos momentos que nunca esquecerei.
Trabalhei 3 dias no camping week. Fui num museu de carros e numa piscina com os estudantes que participaram. Pareceu que eles me davam o estudante que estava difícil. Acho que foi a primeira vez que trabalhei diretamente com outros estudantes e não só com os meus.
Bom, depois de despedidas no“pub” e fazendo “fire place”, (violão e fogueira) vim
para Londres. Assisti mais um musical, dessa vez Billy Elliot. Muito bom, a história é
bem melhor que a do We Will Rock You, mas em questão de música o do Queen é
muito melhor.
Como já disse, daqui algumas horas vou para o aeroporto e além das malas, carrego
comigo a experiência de morar sozinho, num país diferente. Enfrentei obstáculo
da língua, cultura (várias no caso de camphill), conviver com pessoas especiais e fazer
delas a minha família enxergando-as com outros olhos. Por exemplo, entender que
eles podem fazer muito mais do que imaginamos, e sim todos eles. E isso acho que
vale para todos no mundo. Tenho certeza que aprendi muita coisa que não percebi que
aprendi, talvez perceba algum dia, mas eu sei que está aqui dentro.
Quem é o Daniel que vai voltar?
O mesmo que veio, mas com duas malas e não só uma. (entenderam a metáfora?)
Para finalizar, o que será desse blog, já que minha vida não será contada mais com
tanta frequência? Se continuar esse aqui falarei mais sobre assuntos jornalísticos e
política, claro que falarei também de futebol.
É isso, um anos se passou.
vixi... tenho que sair senão perco o voo...
fui...
